segunda-feira, 21 de abril de 2008

Olha lá...


Vindo lá longe. Não obstante aos meus pensamentos alegóricos desmontados, destroçados, mudos...

Início. Quando? Agora!

Não! Quero ser simples! Somente um momento parar, olhar, aliviar e poder cuspir aquele que toda vez tento segurar no nível da glote!!!


Vamos discutir a relação: O que você quer de mim? Tô te devendo? O que eu fiz de errado?

O seu silêncio me enloquece. Não me agrada o monólogo!

Por que me fita com este olhar vazio, indefinido, frio....

Sinto suas palavras, mas não as compreendo, ou talvez não o queira. Por que me agradando é quando tu mais me maltratas? Não entendo como isto subtamente brota do meu interior, forçando-me a correr, espernear.... estou sufocado.

No teu silêncio encontro o conforto de minhas próprias palavras. Talvez seja isso que queres que eu aprenda: ouvir. Não me vire o rosto. Não deixe que meus olhos percam-se dos seus, pois é assim que deixo de ver quem tu realmente és. Companheira minha, muito já pensei em te trair, deixar-te sem olhar para trás, por aquela que me cega sem que eu sinta. Diferente desta, tu me dás prazer em cada dia que passo ao teu lado. O que me mostras é torturante aos olhos abertos, e por isso me faz mais humano, pois é a dor que me lembra o que tenho de mais importante, e tu não esqueces cequer um dia daquilo que mais necessito, e que insistes em lembrar-me.


Minha amada, de encantos calados, de mistérios dolorosos, de beleza inexplorada, de segredos falados e discussões infindadas, e afinal, que eres tu se não uma discussão ate o casamento.

Não quero me apagar no amor que me enlouquece. Quero vive-lo ao teu lado, a cada dia, a cada minuto.


Fixarei meus olhos nos teus, não quero opções, quero apenas a ti! Por favor, não me deixe dormir!!

domingo, 13 de abril de 2008

Prelúdio


Começando um novo brilhante dia diante dos olhos reluzentes, de um semblante iluminado, feliz. Aquilo que não se explica apenas se sente no interior fragmentado de diversos contos interminados sucedidos de finais continuados, milagres apoteóticos, vidas perdidas, no dia a dia em que se desconhece o real significado.

Incompreendido sou, por estranhos trechos infindados de paragrafos inesplicavelmente sem sentido. De direito acumulado por inúmeros erros cometidos, por alienados poensamentos infames. Por meu mixar de idéias, continuo na situção supracitada.


Quarto bagunçado e lama na parede do cortex, e então começo a esvaziar, conteudos aleatórios, alegrias inimagináveis, fatos inexoráveis. Aquilo que não existe pode ser detalhado, mas não apagado.


Me ergo para mais um novo dia de alegrias incomprendidas e de felicidades atingidas. O brilho não me sai a face.


ACORDA!!!!!


TÔ CHEGANDO VIDA!!!

sábado, 12 de abril de 2008

Quadros passados (2)

Levantou-se lentamente de seu leito orgânico revestido de flores, envolto por rostos que lhe secam a face, fuzilando seu interior. Estes rostos estranhamente familiares, abismados pelo presunto que porco tornava-se mais uma vez, não o paravam de fitar e de budejar para a criatura mais próxima a notoriedade do acontecimento à frente das senhoras e senhores, de negro portados, que ali aviam ido com intenção de condolências, agora transformadas em uma inóspita surpresa. E o que restava a todos era observar os próximos passos de um, antes imóvel corpo que ganhara vida diante de seus olhos.
“Você voltou? V-você...”
Tentado pela voz que acabara de lhe falar o presunto virou-se em direção a mesma, encontrando seu olhar com uma jovem de traços simples, contornos belos e desenho talhado pelo escultor mais hábil que jamais vivera. Foi quando um estranho pensamento tomou-lhe consciência e perguntava a bela moça:
“Quem é você?” Ela o respondeu com um olhar tremido pelas lágrimas que dele brotavam, e em um rápido lance, virou-se a correr em direção contrária a do local do fato ocorrido, deixando escorrer pelo caminho longos raios de luz que brotavam de sua cabeça e acompanhavam o brilho do sol, que sobre eles incidia.
Em face de tal situação, ficara sem ação por alguns minutos enquanto via a bela desaparecer por entre as estreitas ruas do que parecia ser uma pequena vila. Voltou-se então para trás e contemplou alguns rostos que mantinham seu espanto, porém, um semblante, aquele simples, no canto, com um leve sorriso e olhos encobertos por sombras de intensa escuridão, foi o que prendeu sua atenção. Naquele momento questionou-se: será real tudo que passei, ou só agora vivo minha realidade?

(continua^^)