sábado, 8 de março de 2008

Ainda vivo



























Que sentia não guardei, espalhado agora cato, os cacos que moldei no solo chão esverdeado de alguma coisa que me recordo do futuro que não sonhei por estar atormentando.
A vida se passou, criando passos alargados de uma espera indefinida, de uma palavra proferida jamais recuperada por aqueles que sonharam com um futuro um dia esquecido no presente de um passado inacabado, irritante e quase sempre obliterado pelos fantasmas que hoje rondam minha mente, escrevem palavras, flutuam ao redor de um rosto frio, congelado que um dia marcado a sorrir no outro é fadado.
Amarguras giram no céu que não moldei, no futuro que não sonhei em um passado inacabado, do meu presente indefinido ao amanhã tão vulnerável. E então o que era riso se condensou, correu pelo semblante deste minuto apressado de um tempo proferido de um presente esperado mas não alcançado.



Este post foi fruto de uma confusão espiritual. No próximo post voltarei com "Quadros passados"



^_^

sexta-feira, 7 de março de 2008

Quadros passados (1)

Olhou-se então ao espelho, não via mais que uma falsa marca de torpor elucidada por seus milhares de olhares confusos anteriormente lançados á uma sombra de características idênticas ao seu próprio semblante, e que de alguma maneira traduziria o momento fatídico que viria a culminar com os fatos ascendentes do dia interminavel.
"Discrepantes são as caracteristicas que me tornam ser humano, de minha realidade vivente solícita de cumprimentos regulares traduzidos por leis naturais ou meramente destino."
Recostou-se sobre a parede do banheiro abodegado, recoberto de azulejos amarelos, roupas aos seus pés, pia embebida e sua barba interminada. E continuava a lamentar, a comentar o que não sabia se viria. De idas e vindas se deu um contratato, firmado pela decima terceira casa do telencefalo de origem orgânica, molecular e de mistérios indscifraveis e profundos apelos que o orgânico não pode se quer entender ou tentar explicar.
Ergeu-se do chão molhado e da facies atipica que havia concebido minutos atrás, fitou a porta semi cerrada. Girou, abriu, saiu. Ergue-se de alma, moveu-se de corpo, vestiu a camisa larga vermelha que seu pai lhe dera de aniversário. Passou o perfume que a mãe lhe comprara por nada. Os conflitos persistiam em atormentá-lo, o porque calado respondia, e a resposta ecoava no silêncio de seu interior, a maçada pela realidade circunstâncial, e sem espera gritou de fora para dentro:
"Onde erro? O que espero? O que me aflinge?"
Dura aguilhoada lhe ponta a cabeça, o passado lhe atormenta e não deixa saída para regurgitar suas lamúrias pesadas acumuladas pelo tempo perdido não recuperado, mas repensado em quadros mortos de vidro que refletem um semblantes de olhos cerrados no centro de lágrimas que o incomodam, e depois das descussões acerca de um verdade nunca antes dita os olhos se abrem, contemplam o sol envolto em escuridão e um perfume estranhamente colorido ao seu redor...